segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Existência enigmática - Parte 4


Certamente a vida é um enigma tão grandioso quanto a morte. Não pedimos para nascer e não pedimos para morrer. Nascemos e morreremos! Que farei da minha vida? Posso optar! A opção é que torna a vida dinâmica. Imaginou você viver e não poder optar? Não existiria sentindo vivermos uma vida que estivesse pré-estabelecida. Você já pensou que cada opção, por menor que seja, é capaz de mudar sua história? Ontem eu fiz uma opção bem interessante! Caminhei até a esquina e decidi: Vou dobrar para a esquerda. Automaticamente meu “banco de dados” traçou o caminho que me levaria até a casa do meu padrinho. Dificilmente isto aconteceria se eu quisesse ir para um lugar que eu não conheceria anteriormente. Temos maior dificuldade em optar quando não conhecemos o final da opção (onde ela nos levará). Quando dobrei a esquerda fiz a opção de parar na calçada e deixar um carro passar pela rua. Na próxima esquina, optei em não passar por baixo de umas árvores que lá estão, pois elas são os abrigos das pombas. Nem você gostaria de chegar em um aniversário com uma “mancha branca” na camisa preta. Quereria? Ah! Lembrei: Optei por ir de camisa preta. E se eu estava caminhando, chegamos a grande conclusão de que optei por ir andando, embora você não saiba se eu tenho um automóvel ou não. Mas isto não vem ao caso. Cada passo que eu dava, eu optava. (Você está pensando que sou louco? Pois seja lá qual for sua conclusão, jamais irá me impedir de optar!) As rua estavam calmas, era domingo 9h e 45min. O caminho pelo qual optei, tive que cruzar ao lado do hospital. Na esquina do hospital tem uma farmácia, pessoas estavam comprando remédio. Levantei o olhar e vi pessoas na sacada do quarto do hospital. Baixei o olhar e vi pessoas tristes em frente da funerária. Olhei para a esquerda e vi pessoas sentadas em frente ao Pronto-Socorro. Caminhei mais uns 20metros, e vi outras sentada na lanchonete. Quando cheguei em uma ponte, li uma placa: “Preserve o Rio Pesseguerinho! Viva melhor!” Olhei para dentro do Rio, vi uma bacia de plástico boiando, e mais uns outros lixos nas margens. Por mim passou duas crianças de bicicleta, e elas sorriam. E assim continuei minha caminhada: Pensando, e optando a cada passo.

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