O ponto de partida para a antropologia de Aristóteles foi o platonismo da psyché, repensado sob a ótica da alma como forma do corpo. O centro da concepção passa a ser a physis (natureza) animada pelo dinamismo teológico da forma (entelécheia) que lhe é imanente, e que como forma ou eidos, é o núcleo inteligível. O fim do agir do homem passa pelo ser o telos.
Agora o mundo ideal que Platão chamava de "mundo das idéias"; poderá ser alcançado pela theoria. Através da theoria, o ser humano, pode contemplar as realidades transcendentes e eternas.
A concepção antropológica de Aristóteles reune os seguintes traços:
- Estrutura biopsíquica:
psyché - princípio vital (ato ou perfeição = enérgia) de todo ser vivo, a qual compete a capacidade de mover-se a si mesmo (autokinêton) [*psyché do Fredon platônico]
Como todo ser vivo, o homem é um ser composto de psyché (alma) e de sôma (corpo).
Nos livros "Sobre a Alma" (Peri Psyché) encontramos o tratado sobre o princípio imanente do ser vivo que o distingue dos outros seres vivos da natureza; e no qual o homem se diferencia pela sua nutrição, sensação desenvolvida e acima de tudo como ser vivo dotado de intelectualidade.
- O homem como zôon logikón:
O ser humano pertence essencialmente ao âmbito da physis, mas se distingue por ser racional; animal racional (zôon logikón) dotado de logos (fala e discurso), fato que o permite transcender (elevar-se; ultrapassar-se) à natureza (physis).
Aristóteles investiga a racionalidade por meio de três pontos de vista:
(1) Psyché : Estuda a atividade racional que, no homem, eleva-se sobre a atividade dos sentidos externos e internos, como atividade própria do intelecto (nous).
Aristóteles não define se o nous é parte ou algo separado da psyché, mas o divide em duas funções: Receptiva, que está em potência; e ativa que faz com que a potência passe ao ato.
(2) Finalismo da razão:
- Contemplação (theoria): buscada em razão de si mesma e tendo como fim o conhecimento da verdade das coisas. (Matemática, física e filosofia primeira (teologia))
- Ação (praxis): Buscada em razão do bem (agathón) ou da excelência (areté) dos indivíduos e da comunidade. (Ética e Política)
- Fabricação: Resulta da produção de objetos superficiais que tem por finalidade a utilidade e o prazer.
(3) O ponto de vista dos processos formais do conhecimento: Aristóteles reune no livro Órganon, a tradição lógica do pensamento grego, assegurando assim poderosos instrumentos que fazem das ciências o centro do universo simbólico.
- O homem como ser ético-político:
É a realização plena do ser racional. As virtudes da ética encontram o exercício da política.
- O homem como ser de paixão e desejo:
Em linhas gerais a sede de paixão e desejo faz parte da estrutura da psyché, e sua ação é a irracionalidade da psyché que intervém na práxis ética e política (Livro - Ética de Nicômaco)
Agora o mundo ideal que Platão chamava de "mundo das idéias"; poderá ser alcançado pela theoria. Através da theoria, o ser humano, pode contemplar as realidades transcendentes e eternas.
A concepção antropológica de Aristóteles reune os seguintes traços:
- Estrutura biopsíquica:
psyché - princípio vital (ato ou perfeição = enérgia) de todo ser vivo, a qual compete a capacidade de mover-se a si mesmo (autokinêton) [*psyché do Fredon platônico]
Como todo ser vivo, o homem é um ser composto de psyché (alma) e de sôma (corpo).
Nos livros "Sobre a Alma" (Peri Psyché) encontramos o tratado sobre o princípio imanente do ser vivo que o distingue dos outros seres vivos da natureza; e no qual o homem se diferencia pela sua nutrição, sensação desenvolvida e acima de tudo como ser vivo dotado de intelectualidade.
- O homem como zôon logikón:
O ser humano pertence essencialmente ao âmbito da physis, mas se distingue por ser racional; animal racional (zôon logikón) dotado de logos (fala e discurso), fato que o permite transcender (elevar-se; ultrapassar-se) à natureza (physis).
Aristóteles investiga a racionalidade por meio de três pontos de vista:
(1) Psyché : Estuda a atividade racional que, no homem, eleva-se sobre a atividade dos sentidos externos e internos, como atividade própria do intelecto (nous).
Aristóteles não define se o nous é parte ou algo separado da psyché, mas o divide em duas funções: Receptiva, que está em potência; e ativa que faz com que a potência passe ao ato.
(2) Finalismo da razão:
- Contemplação (theoria): buscada em razão de si mesma e tendo como fim o conhecimento da verdade das coisas. (Matemática, física e filosofia primeira (teologia))
- Ação (praxis): Buscada em razão do bem (agathón) ou da excelência (areté) dos indivíduos e da comunidade. (Ética e Política)
- Fabricação: Resulta da produção de objetos superficiais que tem por finalidade a utilidade e o prazer.
(3) O ponto de vista dos processos formais do conhecimento: Aristóteles reune no livro Órganon, a tradição lógica do pensamento grego, assegurando assim poderosos instrumentos que fazem das ciências o centro do universo simbólico.
- O homem como ser ético-político:
É a realização plena do ser racional. As virtudes da ética encontram o exercício da política.
- O homem como ser de paixão e desejo:
Em linhas gerais a sede de paixão e desejo faz parte da estrutura da psyché, e sua ação é a irracionalidade da psyché que intervém na práxis ética e política (Livro - Ética de Nicômaco)
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