terça-feira, 20 de novembro de 2007

A força interior

Por que as pessoas gostam tanto de opinar na vida umas das outras? Por que falamos tanto? Por que mudamos tanto frente a ações externas?
Pronunciamos muitas palavras; mas quais fazem realmente sentido? Quais são carregadas de uma mensagem que nos torne melhores, mais virtuosos?
Essas palavras pronunciadas a todo o momento expressam opiniões e idéias subjetivas. A capacidade de opinar e consolar, de mostrar para os outros o que é correto e o que é incorreto, vêm do ato humano de olhar mais para o que é externo a si, em vez de olhar para o próprio interior.
Eu faço tudo corretamente?
Em que está baseado o correto e o incorreto? Na moral? Na ética? Em que a moral e a ética estão fundamentadas? Numa ordem racional? Religiosa? Cultural? Mitológica? Subjetiva?
A opinião não seria uma espécie de querer que os outros façam tudo aquilo que eu não faço ou não consigo fazer? A opinião é uma forma de coagir o outro a fazer o que quero que ele faça?
Todos têm variadas opiniões.
Historicamente as pessoas buscam o fundamento de suas idéias e valores em algo. Algo que alguns denominam “força natural”, outros como “Deus”.
O relativismo possui o seu fundamento justamente nesta variedade de opiniões subjetivas.
Atualmente não sabemos como nos comportar frente a uma globalização que nos impõe principalmente a barreira da língua e da imensidão do globo terrestre.
Fala-se muito em globalização, mas pouco se vive de global na nossa vida.
Você possui alguma ação global?
Creio que sofremos muitas reações fruto da imposição do mercado global. E mais falamos neste termo devido um modismo, ou pra explicar ações que fogem da nossa realidade.
As opiniões subjetivas estão perdidas no meio da imensidão da variedade de conceitos e opiniões variadas. Acabamos por sofrer interferência externa de uma gama variada de atividades e produtos que não fazem parte da nossa realidade, e mais atrapalham do que nos ajudam a ter uma vida melhor, enquanto a essência subjetiva perde espaço.
Será que estamos olhando para o próprio interior, ou somente buscando fundamentos externos?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

SER ALGO EXISTENTE

Ser no mundo, significa SER ALGO EXISTENTE; somos pessoas que existimos.

O termo "jogado-no-mundo" segundo Heidegger, quer dizer que não pedimos para nascer! Fomos gerados pelos nossos pais, sem opção de escolha! Quem determinou o nosso nascimento foi o milagre da vida, que cientificamente se deu através da fecundação do óvulo pelo espermatozóide; devido à "boa qualidade do DNA" contido neles, formou-se a base para o desenvolvimento do que eu sou, e do que cada um de nós somos!

Alguém que está vivo, e que neste momento está lendo este texto, pode opinar sobre o dia e a hora que queria que seus pais tivessem uma relação sexual da onde surgíssemos? Alguém determinou se queria nascer ou não!? O que vou falar aqui será um pouco pesado: Quando o espermatozóide fecundou o óvulo (momento este que é considerado o início da vida), por exemplo, este novo ser (eu, você) não teve a consciência de gritar: "EU NÃÃÃÃÃO QUERO NAAAAASCEEEEEEEEEEER; QUERO SER UM ABORTO!" É claro que isto não tem nexo! Ninguém tem o direito de tirar a própria vida; esta é um bem comum a toda humanidade.

Nesta lógica, até mesmo, os únicos (os pais) que poderiam ter optado por abortar este novo ser existente, também não possuem este direito!

Portanto, a vida que é uma dádiva, direito de todos, não deve acontecer por opção, mas por DEVER. Devemos nascer, viver, e deixar o legado da nossa existência.