O cientista político Samuel P. Huntington, ideólogo do neoconservadorismo norte-americano, enxerga a globalização como processo de expansão da cultura ocidental e do sistema capitalista sobre os demais modos de vida e de produção do mundo, que conduziria inevitavelmente a um "choque de civilizações".
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Globaliza%C3%A7%C3%A3o)
A intensa circulação de produtos fabricados em diversos lugares, seja em nosso país ou fora dele.
Nem sempre o sujeito opta por usar uma calça que “veste melhor”, mas opta pelo custo que ela têm!
Nem sempre o sujeito opta por comer determinado produto, mas opta pelo custo que ele têm!
Por meio dos exemplos acima, entre outros da sua experiência, quero reflita sobre o quanto optamos por produtos que nos são oferecidos e estão ao nosso alcance financeiro e não por algo que realmente é do nosso desejo.
Você já criou ou consumiu algo customizado ou somente costuma optar por aquilo que lhe é oferecido dentre “uma dezena de opções”?
Você já percebeu que muito se comenta sobre a qualidade dos produtos exportados para os países ricos, demonstrando a preocupação principalmente com a saúde. Os produtos importados pelo terceiro mundo poucas vezes prezam pela qualidade.
Você já se questionou sobre:
- Qual o preço médio do calçado que você está usando? (Será que ele vale mesmo o que você pagou? Por quê?)
- Onde seu calçado foi fabricado? (Como será que ele foi fabricado? Ele passou por quantas máquinas e pessoas?)
- O chip do seu computador foi fabricado em qual país? (Como será que ele foi fabricado? Quantas pessoas que o planejaram e criaram? Como ele foi transportado até aqui?)
- A caneta que você está usando hoje na aula foi fabricada aonde? Você sabe como é fabricada a tinta da sua caneta? (Qual o processo de fabricação?)
- Qual o processo usado para fabricar este papel no qual você está lendo agora?
- Diversos produtos são expostos a nós, mas temos dinheiros (renda) para consumi-los?
- O que é fabricado na nossa cidade?
- O que é consumido na nossa cidade?
Todas as pessoas possuem dinheiro para comprar os produtos necessários ou supérfluos (que não são tão necessários); sejam eles alimentos, roupas, eletrônicos ou máquinas industriais?
Há intensa circulação de pessoas para várias partes do estado, país e do mundo, seja a trabalho, seja a lazer?
As diversas culturas se tornam experienciaveis subjetivamente (por cada pessoa) no mundo todo, pois são difundidas pelos sujeitos que também se locomovem, por necessidade ou lazer.
Quantas vezes por ano você faz uma viagem para algum lugar distante:
- 250 km?
- 500 km?
- 1000 km?
Sonhamos em viajar e conhecer lugares distantes, mas conhecemos as ruas e vilas da nossa cidade?
Viajamos 800km ou 1000km para nos admirar por exemplo, com um jardim ou uma rua florida e enfeitada para uma festa, mas por que não cuidamos da nossa cidade e saímos todo dia na rua para nos admirar?
Ouvimos falar tanto em viajar, turismo, conhecer lugares, enfim, mas qual o grau de real necessidade ou bel prazer disto? Você e sua família possuem dinheiro para realizar este tipo de viagem?
A informação chega até nós rapidamente!
O que fazemos com toda informação que recebemos diariamente; a transformamos em conhecimento ou apenas “entra num ouvido e sai no outro”?
Quantas vezes nos informamos de uma dificuldade familiar de um desconhecido que está passando necessidade em Porto Alegre ou em Manaus, e somos indiferentes à situação de pobreza da nossa cidade?
Sabemos o que acontece na nossa cidade, sejam dificuldades ou desafios?
O conhecimento nem sempre é acessível e quando o é, não é algo pronto, mas exige adaptação.
Com estes questionamentos não quero me intitular antiglobalização; não quero lhe dar respostas; não quero que concorde com tudo que você leu. Quero sim, é que você reflita sobre suas inúmeras práticas diárias.
Alexandre José Krul
Professor de História e Sociologia, Filósofo, Especialista em Gestão e Planejamento Escolar.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Globaliza%C3%A7%C3%A3o)
A intensa circulação de produtos fabricados em diversos lugares, seja em nosso país ou fora dele.
Nem sempre o sujeito opta por usar uma calça que “veste melhor”, mas opta pelo custo que ela têm!
Nem sempre o sujeito opta por comer determinado produto, mas opta pelo custo que ele têm!
Por meio dos exemplos acima, entre outros da sua experiência, quero reflita sobre o quanto optamos por produtos que nos são oferecidos e estão ao nosso alcance financeiro e não por algo que realmente é do nosso desejo.
Você já criou ou consumiu algo customizado ou somente costuma optar por aquilo que lhe é oferecido dentre “uma dezena de opções”?
Você já percebeu que muito se comenta sobre a qualidade dos produtos exportados para os países ricos, demonstrando a preocupação principalmente com a saúde. Os produtos importados pelo terceiro mundo poucas vezes prezam pela qualidade.
Você já se questionou sobre:
- Qual o preço médio do calçado que você está usando? (Será que ele vale mesmo o que você pagou? Por quê?)
- Onde seu calçado foi fabricado? (Como será que ele foi fabricado? Ele passou por quantas máquinas e pessoas?)
- O chip do seu computador foi fabricado em qual país? (Como será que ele foi fabricado? Quantas pessoas que o planejaram e criaram? Como ele foi transportado até aqui?)
- A caneta que você está usando hoje na aula foi fabricada aonde? Você sabe como é fabricada a tinta da sua caneta? (Qual o processo de fabricação?)
- Qual o processo usado para fabricar este papel no qual você está lendo agora?
- Diversos produtos são expostos a nós, mas temos dinheiros (renda) para consumi-los?
- O que é fabricado na nossa cidade?
- O que é consumido na nossa cidade?
Todas as pessoas possuem dinheiro para comprar os produtos necessários ou supérfluos (que não são tão necessários); sejam eles alimentos, roupas, eletrônicos ou máquinas industriais?
Há intensa circulação de pessoas para várias partes do estado, país e do mundo, seja a trabalho, seja a lazer?
As diversas culturas se tornam experienciaveis subjetivamente (por cada pessoa) no mundo todo, pois são difundidas pelos sujeitos que também se locomovem, por necessidade ou lazer.
Quantas vezes por ano você faz uma viagem para algum lugar distante:
- 250 km?
- 500 km?
- 1000 km?
Sonhamos em viajar e conhecer lugares distantes, mas conhecemos as ruas e vilas da nossa cidade?
Viajamos 800km ou 1000km para nos admirar por exemplo, com um jardim ou uma rua florida e enfeitada para uma festa, mas por que não cuidamos da nossa cidade e saímos todo dia na rua para nos admirar?
Ouvimos falar tanto em viajar, turismo, conhecer lugares, enfim, mas qual o grau de real necessidade ou bel prazer disto? Você e sua família possuem dinheiro para realizar este tipo de viagem?
A informação chega até nós rapidamente!
O que fazemos com toda informação que recebemos diariamente; a transformamos em conhecimento ou apenas “entra num ouvido e sai no outro”?
Quantas vezes nos informamos de uma dificuldade familiar de um desconhecido que está passando necessidade em Porto Alegre ou em Manaus, e somos indiferentes à situação de pobreza da nossa cidade?
Sabemos o que acontece na nossa cidade, sejam dificuldades ou desafios?
O conhecimento nem sempre é acessível e quando o é, não é algo pronto, mas exige adaptação.
Com estes questionamentos não quero me intitular antiglobalização; não quero lhe dar respostas; não quero que concorde com tudo que você leu. Quero sim, é que você reflita sobre suas inúmeras práticas diárias.
Alexandre José Krul
Professor de História e Sociologia, Filósofo, Especialista em Gestão e Planejamento Escolar.